O Rio Branco é o maior campeão do Espírito Santo (com 38 títulos) e dono da maior torcida do Estado. Fundado na cidade de Vitória, em 1913, é um dos clubes mais antigos e tradicionais do Brasil.
O Rio Branco também é conhecido como Brancão e Capa-Preta e manda seus jogos no Estádio Kleber Andrade, em Cariacica. O clube tem grande tradição no cenário estadual e nacional, tendo disputado o Campeonato Brasileiro da Série A, Série B, Série C e Série D, além de Copa do Brasil e Copa Verde.
História
Impedidos de jogar futebol nos clubes da elite financeira de Vitória (ES), os jovens Antonio Miguez, José Batista Pavão, Edmundo Martins e Nestor Ferreira Lima resolveram fundar um time. A ideia era criar um clube que aceitasse pobres e negros. Bastava ser bom de bola e ter amor ao time para entrar.
A primeira reunião para a fundação do clube aconteceu no Parque Moscoso, no centro de Vitória. Depois, em uma segunda reunião, desta vez na Rua Sete, também no Centro, era hora de oficializar o clube: nascia ali, no dia 21 de junho de 1913, o que viria a ser o Maior Clube do Espírito Santo.
O nome
Primeiro, o time foi batizado Juventude e Vigor, já que reunia jovens entre 14 e 17 anos. As cores, inicialmente, eram verde e amarelo, em alusão ao Brasil. Pouco tempo depois, os garotos amadureceram e decidiram por mudar o nome. A decisão, em uma reunião realizada em 10 de fevereiro de 1914, foi rápida: optaram por homenagear o Chanceler José Maria da Silva Paranhos Júnior, conhecido como o Barão de Rio Branco, responsável pela modernização do País na época. Com isso, o nome foi alterado para Rio Branco Football Club. Anos depois, passou a se chamar Rio Branco Atlético Clube.
AS cores
Em maio de 1917, um ano antes do primeiro título estadual, as cores verde e amarelo foram substituídas pelo Preto e Branco, que são utilizadas até hoje. Na época, o verde e o amarelo desbotavam muito no uniforme. O mesmo problema era enfrentado em outros clubes de cores parecidas, como Clube de Regatas Flamengo, que tinha as cores amarela e azul.
Na hora de escolherem a nova cor, o jogador Gilberto Paixão, que viria a ser ídolo do clube, fez a sugestão aos companheiros: “Vamos colocar o preto e branco!”. Gilberto Paixão, que era admirado por todos, teve sua sugestão aclamada. Eram três inspirações para as cores escolhidas: o Sul América, clube extinto de alguns atletas do Rio Branco; o tradicional Clube de Regatas Álvares Cabral; e o Botafogo, que havia adotado as cores por inspiração do Juventus, da Itália.
A partir de então, o Rio Branco conquistou o Espírito Santo, tornou-se o clube de maior torcida e o mais vezes campeão.
OS ESTÁDIOS
Após ser fundado no centro de Vitória, o clube criou raízes fortes no bairro Jucutuquara, também na capital, onde construiu o Estádio Governador Bley, em 1934 (na época o terceiro maior do País, atrás apenas de São Januário e Laranjeiras).
O Governador Bley foi palco de muitas conquistas da história do Rio Branco, como o hexacampeonato capixaba - 1934–1939, os seis títulos na década de 40 e mais quatro na década de 50.
Jogando no Bley, o Capa-preta fez uma boa campanha na Copa dos Campeões Estaduais de 1937 – a primeira competição nacional de futebol realizada no Brasil. O Brancão ficou em terceiro lugar, em torneio que teve o Atlético-MG como campeão. O time alvinegro também disputou diversos jogos contra outros times do País atuando no Bley, com vitórias sobre Flamengo e Fluminense entre elas. O estádio foi vendido e hoje abriga o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), que ainda conserva o campo e as arquibancadas.
Em 1983, o Rio Branco construiu o Estádio Kleber Andrade, com nome em homenagem ao presidente do clube, Kleber Andrade, idealizador do projeto. O estádio fica na região de Campo Grande, no bairro “Rio Branco”, que leva o nome por causa do clube.
Jogando no Kleber Andrade, o Capa-preta fez campanhas históricas, principalmente no Campeonato Brasileiro da Série A. No Brasileirão de 1987, o clube quebrou o recorde histórico de público em uma partida de futebol no Espírito Santo: 40 mil torcedores na vitória capa-preta por 1 a 0 sobre o Vasco da Gama. O clube manda seus jogos no estádio Kleber Andrade até hoje.
era saf
Em 2024, o Rio Branco iniciou uma nova era de sua história com a chegada da SAF. O futebol do clube passou a ser gerido no modelo de Sociedade Anônima de Futebol (SAF), possibilitando novas oportunidades de crescimento com a entrada de novos investidores.
Com estrutura de governança nos moldes dos melhores padrões empresariais, o futebol do Rio Branco passou a contar com um time de executivos com dedicação exclusiva e investidores com histórico de sucesso e credibilidade.
Logo no primeiro ano de SAF, após o investimento em infraestrutura de trabalho e qualidade do elenco, o Rio Branco voltou a ser campeão capixaba após oito anos, retornando ao cenário do futebol nacional ao garantir vaga no Campeonato Brasileiro da Série D e na Copa do Brasil. Na base, o time Sub-20 também retornou ao cenário nacional, conquistando vaga na Copa São Paulo de Futebol Júnior.
TÍTULOS
São mais de 91 títulos no futebol capixaba!
Campeonato Capixaba Série A (38 títulos)
1918
1919
1921
1924
1929
1930
1934
1935
1936
1937
1938
1939
1941
1942
1945
1946
1947
1949
1951
1957
1958
1959
1962
1963
1966
1968
1969
1970
1971
1973
1975
1978
1982
1983
1985
2010
2015
2024
Copa Espírito Santo (1 título)
2016
Torneio Inicio do Espírito Santo (24 títulos)
1918
1920
1921
1924
1925
1928
1929
1930
1931
1932
1934
1935
1936
1940
1942
1947
1956
1957
1959
1962
1964
1968
1969
1970
Taça Cidade de Vitória (27 títulos)
1918
1919
1921
1924
1929
1930
1934
1935
1936
1937
1938
1939
1941
1942
1945
1946
1947
1949
1951
1957
1958
1959
1964
1965
1967
1969
1971
Série B do Campeonato Capixaba (2 títulos)
2005
2018
Participações em competições nacionais
Série A do Campeonato Brasileiro: 13 vezes
Melhores colocações: 3º colocado em 1937; 7º colocado em 1963; 10º colocado em 1987.
40 mil presentes (32.328 pagantes) Rio Branco 1x0 Vasco - Estádio Kleber Andrade - Campeonato Brasileiro de 1987
Recorde mundial
Goleiro com mais tempo sem tomar gols Em 1971, o goleiro Jorge Reis ficou 1.604 minutos sem levar gols, marca que na época lhe valeu o recorde mundial.
Ainda hoje, Jorge Reis é o terceiro goleiro da história do futebol mundial a ficar mais tempo sem levar gols.
Maiores goleadas 1º Rio Branco 15x0 América (Estadual) - 5 de maio de 1945 2º Rio Branco 14x2 Espírito Santo (Estadual) - 10 de fevereiro de 2010 3º Rio Branco 12x1 Vasco Coutinho (Estadual) - 27 de agosto de 1944 4º Rio Branco 10x0 Vitória (Estadual) - 30 de junho de 1913